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quinta-feira, 2 de junho de 2005

 
Três respostas em face de Deus




Familles, je vous hais! foyers clos;
portes refermées; possessions jalouses du bonheur.
A. Gide

C'est l'ami ni ardent ni faible. L’ami.
Rimbaud

…ô Femme, monceau d’entrailles, pitié douce
Tu n'est jamais la soeur de charité, jamais!
Rimbaud


Sim, vós sois (eu deveria ajoelhar dizendo os vossos nomes!)
E sem vós quem se mataria no presságio de alguma madrugada?
À vossa mesa irei murchando para que o vosso vinho vá bebendo
De minha poesia farei música para que não mais vos firam os seus acentos dolorosos
Livres as mãos e serei Tântalo – mas o suplício da sede vós o vereis apenas nos meus olhos
Que adormeceram nas visões das auroras geladas onde o sol de sangue não caminha…

E vós!... (Oh, o fervor de dizer os vossos nomes angustiados!)
Deixai correr o vosso sangue eterno sobre as minhas lágrimas de ouro!
Vós sois o espírito, a alma, a inteligência das coisas criadas
E a vós eu não rirei – rir é atormentar a tragédia interior que ama o silêncio
Convosco e contra vós eu vagarei em todos os desertos
E a mesma águia se alimentará das nossas entranhas tormentosas.

E vós, serenos anjos... (eu deveria morrer dizendo os vossos nomesl)
Vós cujos pequenos seios se iluminavam misteriosamente à minha presença silenciosa!
Vossa lembrança é como a vida que não abandona o espírito no sono
Vós fostes para mim o grande encontro…

E vós também, ó árvores de desejo! Vós, a jetatura de Deus enlouquecido
Vós sereis o demônio em todas as idades.

Vinicius de Moraes

Rio de Janeiro, 1935


in Forma e exegese
in Antologia Poética
in Poesia completa e prosa: "O sentimento do sublime"



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