terça-feira, 31 de julho de 2007
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Ingmar Bergman
Bergman durante a rodagem de Morangos silvestres.
Morangos silvestres, 1957.
Bergman durante a rodagem de Morangos silvestres.
Nasceu a 14 de Julho de 1918. Foi um dos mais importantes cineastas do século XX, influenciando gerações de cineastas e artistas. Da sua longa filmografia destaca-se A crise (1945); Chove sobre o nosso amor (1946); Viagem para a Índia (1947); Música na noite (1948); O cais (1948); Prisão (1949); Sede de paixão (1949); Rumo à felicidade (1949); Isto não aconteceria aqui (1950); Juventude (1951); Quando as mulheres esperam (1952); Monica e o desejo (1952); Noites de circo (1953); Uma lição de amor (1954); Sonhos de mulheres (1955); Sonho de uma noite de verão (1955); O sétimo selo (1956); Morangos silvestres (1957); No limiar da vida (1957); O rosto (1958); A fonte da virgem (1959); O olho do diabo (1960); Através do espelho (1961); Luz de inverno (1962); O silêncio (1963); Persona (1966); A hora do lobo (1968); A paixão de Ana (1969); Lágrimas e suspiros (1972); Cenas conjugais (1973); A flauta mágica (1974); Face a face (1976); O ovo da serpente (1977); Sonata de Outono (1978); A vida das marionetas (1980); Fanny e Alexander (1982); Depois do ensaio (1984); Saraband (2003).
Morreu hoje, 30 de Julho de 2007.
Morreu hoje, 30 de Julho de 2007.
Morangos silvestres, 1957.
A fonte da virgem, 1960.
Através do espelho, 1961.
Luz de inverno, 1962.
O silêncio, 1963.
Persona, 1966.
Lágrimas e suspiros, 1972.
Sonata de Outono, 1978.
A vida das marionetas, 1980.
Saraband, 2003.
Através do espelho, 1961.
Luz de inverno, 1962.
O silêncio, 1963.
Persona, 1966.
Lágrimas e suspiros, 1972.
Sonata de Outono, 1978.
A vida das marionetas, 1980.
Saraband, 2003.
sábado, 28 de julho de 2007
No corpo
Foto de Angelicatas
De que vale tentar reconstruir com palavras
o que o verão levou
entre nuvens e risos
junto com o jornal velho pelos ares?
O sonho na boca, o incêndio na cama,
o apelo da noite
agora são apenas esta
contração (este clarão)
de maxilar dentro do rosto.
A poesia é o presente
Ferreira Gullar in Toda poesia - 1950-1980, 1980.
Foto de Angelicatas
De que vale tentar reconstruir com palavras
o que o verão levou
entre nuvens e risos
junto com o jornal velho pelos ares?
O sonho na boca, o incêndio na cama,
o apelo da noite
agora são apenas esta
contração (este clarão)
de maxilar dentro do rosto.
A poesia é o presente
Ferreira Gullar in Toda poesia - 1950-1980, 1980.
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Locarno International Film Festival
Tal como aconteceu nos últimos anos, também este ano, a sexagésima edição do festival de cinema de Locarno que decorre de 1 a 11 de Agosto, vai apresentar uma secção, Play Forward, dedicada à experimentação audiovisual contemporânea. Com o apoio de artistas e galerias serão apresentadas obras de Matthew Barney, Shirin Neshat, Isaac Julien, Nan Goldin e Oliviero Toscani, entre outros. Ver mais aqui.
domingo, 22 de julho de 2007
sábado, 21 de julho de 2007
Kiefer, Polke, Richter
Notations: Kiefer, Polke, Richter é o título da exposição que inaugura hoje no Philadelphia Museum of Art e que poderá ser vista até 25 de Novembro. A exposição procura, através das obras de 3 dos mais importantes pintores alemães do pós-guerra (Anselm Kiefer - 1945, Sigmar Polke - 1941, Gerhard Richter - 1932), reexaminar a prática pictural, as relações entre fotografia e pintura e o experimentalismo.Ver mais aqui.
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Correio da Cassini
Sixty for Saturn: depois de Methone e Pallenea, descobertas em 2004, a sexagésima lua de Saturno, um corpo com cerca de dois kilómetros, foi ontem descoberta pela Cassini. E a promessa é de que há mais...
domingo, 15 de julho de 2007
O fio de Ariana
Sigmar Polke
Francisco Goya, "O tempo", 1812, óleo s/ tela, 181x125 cm.
O trabalho de Polke sobre "O tempo" de Goya começa em 1982 e tem óbvia relevância e consequência no todo da sua obra, quer a nível dos motivos e critérios de composição, quer a nível técnico e formal. A relação de Polke com a obra de Goya não é apenas empática no sentido em que Goya atrai Polke por ser o arquetipo do agitador que parte para o exílio recusando os cânones classicistas na defesa de uma corrente romântica. Para Polke, Goya é também o mestre da ironia que se torna mais densa face à decadência física, à doença e à melancolia. Mas, sobretudo, Goya representa para Polke a possibilidade de descobrir, do ponto de vista técnico e histórico, a natureza e o sentido da pintura e, particularmente, esse terreno fértil onde as imagens se geram, caótica e aleatóriamente.
É interessante observar que só aparentemente as intervenções de Polke sobre material previamente impresso são comparáveis às da pop norte-americana. Para Polke, não se trata nunca da transformação da figuração em configuração mas antes entender a natureza da percepção através da manipulação de material icónico. Esta manipulação rejeita qualquer sistema mecanicista e funciona muito mais por acumulação e pela incerteza do acaso.
É interessante observar que só aparentemente as intervenções de Polke sobre material previamente impresso são comparáveis às da pop norte-americana. Para Polke, não se trata nunca da transformação da figuração em configuração mas antes entender a natureza da percepção através da manipulação de material icónico. Esta manipulação rejeita qualquer sistema mecanicista e funciona muito mais por acumulação e pela incerteza do acaso.
Sigmar Polke, Raio X de "O tempo" de Goya, montagem de 15 raio X, 1984, 176x129 cm.
Sigmar Polke, "Goya, O tempo", intervenção sobre fotografia, 1984, 127x185 cm.
sexta-feira, 13 de julho de 2007
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Todos
Foto de Lilya Corneli
Todos os Homens honestos mataram César.
A alguns faltou arte, a outros coragem e a outros oportunidade mas a nenhum faltou a vontade.
Marcus Tullius Ciceroin, Philippicae
Foto de Lilya Corneli
Todos os Homens honestos mataram César.
A alguns faltou arte, a outros coragem e a outros oportunidade mas a nenhum faltou a vontade.
Marcus Tullius Ciceroin, Philippicae
segunda-feira, 9 de julho de 2007
Sigmar Polke
Sigmar Polke é o décimo primeiro laureado com o prémio Rubens, prestigiado prémio da cidade de Siegen que viu nascer Rubens. Desde 1955, este prémio já foi atribuído a Hans Hartung (1957/58), Giorgio Morandi (1962), Francis Bacon (1967), Antoni Tàpies (1972), Fritz Winter (1977), Emil Schumacher (1982), Cy Twombly (1987), Rupprecht Geiger (1992), Lucian Freud (1997) e Maria Lassnig (2002). Até 16 de Setembro o museu de arte contemporânea de Siegen mostra cerca de oitenta obras de Sigmar Polke, trinta das quais inéditas. Ler mais aqui.
sábado, 7 de julho de 2007
Chute d'étoiles
Hoje, o Centre chorégraphique de Roubaix, dirigido por Carolyn Carlson, propõe um espectáculo inédito de dança sobre a obra de Kiefer nas relações entre o corpo e a monumentalidade. Anselm Kiefer vu par Carolyn Carlson, às 19,30 h. no Grand Palais.
Hoje, o Centre chorégraphique de Roubaix, dirigido por Carolyn Carlson, propõe um espectáculo inédito de dança sobre a obra de Kiefer nas relações entre o corpo e a monumentalidade. Anselm Kiefer vu par Carolyn Carlson, às 19,30 h. no Grand Palais.
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Os acrobatas
Foto de Henri Zerdoun
Subamos!
Subamos acima
Subamos além, subamos
Acima do além, subamos!
Com a posse física dos braços
Inelutavelmente galgaremos
O grande mar de estrelas
Através de milénios de luz.
Subamos!
Como dois atletas
O rosto petrificado
No pálido sorriso do esforço
Subamos acima
Com a posse física dos braços
E os músculos desmesurados
Na calma convulsa da ascenção.
Oh, acima
Mais longe que tudo
Além, mais longe que acima do além!
Como dois acrobatas
Subamos, lentíssimos
Lá longe o infinito
De tão infinito
Nem mais nome tem
Subamos!
Tensos
Pela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamos à tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite
Subamos!
Tu e eu, herméticos
As nádegas duras
A carótida nodosa
Na fibra do pescoço
Os pés agudos em ponta
Como no espasmo.
E quando
Lá, acima
Além, mais longe que acima do além
Adiante do véu de Betelgeuse
Depois do país de Altair
Sobre o cérebro de Deus
Num último impulso
Libertados do espírito
Despojados da carne
Nós nos possuiremos.
E morreremos
Morreremos alto, imensamente
Imensamente alto.
Vinicius de Moraes in Antologia Poética, 1954.
Foto de Henri Zerdoun
Subamos!
Subamos acima
Subamos além, subamos
Acima do além, subamos!
Com a posse física dos braços
Inelutavelmente galgaremos
O grande mar de estrelas
Através de milénios de luz.
Subamos!
Como dois atletas
O rosto petrificado
No pálido sorriso do esforço
Subamos acima
Com a posse física dos braços
E os músculos desmesurados
Na calma convulsa da ascenção.
Oh, acima
Mais longe que tudo
Além, mais longe que acima do além!
Como dois acrobatas
Subamos, lentíssimos
Lá longe o infinito
De tão infinito
Nem mais nome tem
Subamos!
Tensos
Pela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamos à tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite
Subamos!
Tu e eu, herméticos
As nádegas duras
A carótida nodosa
Na fibra do pescoço
Os pés agudos em ponta
Como no espasmo.
E quando
Lá, acima
Além, mais longe que acima do além
Adiante do véu de Betelgeuse
Depois do país de Altair
Sobre o cérebro de Deus
Num último impulso
Libertados do espírito
Despojados da carne
Nós nos possuiremos.
E morreremos
Morreremos alto, imensamente
Imensamente alto.
Vinicius de Moraes in Antologia Poética, 1954.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Chute d'étoiles
Hoje, mesa redonda com Gregor Wedekind do Centro Alemão de História de Arte, Marie Gispert da universidade Paris 1 e Michael Zimmermann da universidade de Eichstaettet. O tema é De la France à l'Allemagne et vice-versa. Às 19,30 h. no Grand Palais.
Ver também o interessantíssimo depoimento de Marie Gispert sobre as relações entre a França e a Alemanha no século XX. Aqui.
Hoje, mesa redonda com Gregor Wedekind do Centro Alemão de História de Arte, Marie Gispert da universidade Paris 1 e Michael Zimmermann da universidade de Eichstaettet. O tema é De la France à l'Allemagne et vice-versa. Às 19,30 h. no Grand Palais.
Ver também o interessantíssimo depoimento de Marie Gispert sobre as relações entre a França e a Alemanha no século XX. Aqui.
A.R. Penck
Até 16 de Setembro, o Schirn Kunsthalle Frankfurt mostra a primeira grande retrospectiva de A. R. Penck, exposição que viajará depois para Paris onde inaugurará no Musée d’Art moderne de la Ville de Paris a 14 de Fevereiro do próximo ano. Mostrando cerca de 130 peças de grande formato, para além de escultura, objectos e livros, esta exposição abarca a obra de Penck desde o início dos anos sessenta. A. R. Penck nasceu em 1939 e é um dos mais importantes pintores contemporâneos alemães. Ler mais aqui.