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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

 
Durante todo o dia


Foto de Katarzina Widmanska


Deste modo, durante todo o dia, até ao pôr do sol
se banquetearam; e nada lhes faltou no festim compartilhado,
nem mesmo a lindíssima lira, que Apolo segurava,
nem o canto das Musas, que cantavam um canto alternado,
respondendo umas às outras com voz maravilhosa.
Quando desceu a luz resplandecente do sol,
cada qual foi para sua casa descansar, lá onde
o palácio para cada um construíra com artes engenhosas
o muito famigerado Hefesto, deus ambidestro.
Para o leito foi Zeus, astral relampejador Olímpio,
onde costumava dormir quando o doce sono sobrevinha.
Deitou-se e adormeceu; ao seu lado estava Hera do trono dourado.


Homero in Ilíada, Canto I, (601-611).

 
Neorealismo



O Fotomuseum Winterthur, em Zurich, apresenta, a partir de amanhã, Neorealismo 1932-1960, uma colecção de 250 fotografias de 75 fotógrafos, a primeira grande exposição fotográfica sobre neorealismo. Ler mais aqui.

 
Jörg Immendorff



O museum kunst palast, em Düsseldorf, mostra, a partir de amanhã, uma retrospectiva de Desenho — 1960/2003 — de Jörg Immendorff, nascido em 1945 e falecido recentemente. Trata-se da primeira retrospectiva da obra de Immendorff desde a sua morte ocorrida este ano (a 28 de Maio), justamente em Düsseldorf. A exposição poderá ser vista até 18 de Novembro. Ler mais aqui.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

 
Ainda os verdeufémios...

A lógica do Bloco de Esquerda é a lógica dos filmes da Disney: a ler, hoje, JPP.

 
Hôtels


Foto de Katarzina Widmanska


La chambre est veuve
Chacun pour soi
Présence neuve
On paye au mois

Le patron doute
Payera-t-on
Je tourne en route
Comme un toton

Le bruit des fiacres
Mon voisin laid
Qui fume un âcre
Tabac anglais

Ô La Vallière
Qui boite et rit
De mes prières
Table de nuit

Et tous ensemble
Dans cet hôtel
Savons la langue
Comme à Babel

Fermons nos Portes
À double tour
Chacun apporte
Son seul amour


Guillaume Apollinaire

 
Correio da Cassini



Rhea é perseguida por Atlas sob o olhar (já) imperturbável da Cassini.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

 
A ler

Hoje, Pierre Assouline e o Palácio Fronteira no La république des livres.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

 
Balthus



O Museum Ludwig, em Colónia, apresenta desde ontem e até 4 de Novembro Balthus — Time Suspended, Pintura e Desenho 1932-1960. Antecipando a comemoração do centenário do nascimento de Balthus (29-02-1908/18-02-2001), esta exposição mostra cerca de 70 obras de um dos mais importantes e surpreendentes pintores do século XX que entre 1930 e 1960 marcou os meios artístico e intelectual parisienses, tendo como amigos Picasso, Giacometti, Artaud, Éluard e Albert Camus. Ver mais aqui.

sábado, 18 de agosto de 2007

 
Aos energúmenos verdeufémios



Bolas para a gente ter que aturar isto! Ó meninos: estudem, divirtam-se e calem-se. Estudem ciências, se estudam ciências; estudem artes, se estudam artes; estudem letras, se estudam letras. Divirtam-se com mulheres, se gostam de mulheres; divirtam-se de outra maneira, se preferem outra. Tudo está certo, porque não passa do corpo de quem se diverte.
Mas quanto ao resto, calem-se. Calem-se o mais silenciosamente possível.
Porque só há duas maneiras de se ter razão. Uma é calar-se, que é a que convém aos novos. A outra é contradizer-se, mas só alguém de mais idade a pode cometer.
Tudo o resto é uma grande maçada para quem está presente por acaso. E a sociedade em que nascemos é o lugar onde mais por acaso estamos presentes.


Álvaro de Campos, 1923.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

 
Malone


Foto de Katarzina Widmanska


Porque não é como se ele tivesse meios de obter, num só dia, provisões suficientes para se manter em vida durante três semanas ou um mês, e que é isso, um mês, por comparação com a senescência inteira, sem falar do secadouro, uma miséria. Mas não tem esses meios, e se os tivesse não saberia aproveitá-los, tão longe se sente do dia de amanhã. E sem dúvida que já nem acredite nele, à força de o ter esperado em vão. E talvez esteja nesse ponto do seu instante em que viver é errar só e vivo no fundo de um instante sem limites, onde a luz não muda e onde os destroços são todos semelhantes. Os olhos só levemente mais azuis do que uma clara de ovo fixam o espaço à sua frente, que seria então a plena calma eternamente dos abismos. Mas de longe em longe fecham-se, com essa subitaneidade branda das carnes que se apertam, muitas vezes sem cólera, fechando-se sobre si próprias. Vemos então as velhas pálpebras, vermelhas e esfarrapadas, que parecem ter dificuldades em juntar-se, porque são quatro, duas por cada lágrima. E é talvez então que ele vê o céu do velho sonho, cruzeiros e terra também, e os espasmos das vagas das quais nenhuma se mexe sem que todas as outras se agitem do mesmo modo, e o movimento tão diferente dos homens por exemplo, que não estão presos uns aos outros mas são livres de ir e vir, cada um a seu jeito. E não se abstêm de o fazer e vão e vêm, com o ruído de cegarrega dos seus estalidos de articulados de grandes dimensões, cada um pelo seu lado. E quando há um que morre os outros continuam, como se nada fosse.


Samuel Beckett in Malone está a morrer, 1951.

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