segunda-feira, 24 de maio de 2004
Às vezes, a vida é amável.
Desde há muitos anos que me impressiona a figura e a pintura de Belinni. Guardo de Belinni uma das imagens pictoricamente mais elucidativas que vi - há mais de 20 anos, nos Uffizi - «Alegoria Sagrada». Lembro a imensa quantidade de interpretações à volta desta obra de Bellini, umas mais interessantes que outras, sempre doutamente defendidas pelos professores da Academia de Florença, mas sempre especulativas em relação à imagem pintada.
Bellini teve uma vida "fácil". Filho de Jacopo Bellini, também pintor (discípulo de Gentile da Fabriano), irmão de Gentile, também pintor e de Niccolosa que viria a casar com Andrea de Mantegna, Giovanni percorreu um caminho sereno e próspero e viveu o suficiente para ver a sua escola ser reconhecida e aclamada.
Esta imagem pintada por Bellini em 1490, tem-me acompanhado ao longo dos últimos vinte e tal anos. Faz, seguramente, parte dos meus afectos. Curiosamente, continua ainda hoje obscuro o motivo pintado. As figuras presentes nunca foram claramente identificadas e, embora a maioria dos estudiosos se incline para uma alegoria do Paraíso ou um diálogo sagrado sobre o Paraíso, inclino-me mais para a tese, pouco aprofundada, de que se trata de uma pequena ilustração de um poema francês do século XIV entitulado «Le pélérinage de l'âme».
Giovanni Bellini, Alegoria Sagrada, 1490.
Desde há muitos anos que me impressiona a figura e a pintura de Belinni. Guardo de Belinni uma das imagens pictoricamente mais elucidativas que vi - há mais de 20 anos, nos Uffizi - «Alegoria Sagrada». Lembro a imensa quantidade de interpretações à volta desta obra de Bellini, umas mais interessantes que outras, sempre doutamente defendidas pelos professores da Academia de Florença, mas sempre especulativas em relação à imagem pintada.
Bellini teve uma vida "fácil". Filho de Jacopo Bellini, também pintor (discípulo de Gentile da Fabriano), irmão de Gentile, também pintor e de Niccolosa que viria a casar com Andrea de Mantegna, Giovanni percorreu um caminho sereno e próspero e viveu o suficiente para ver a sua escola ser reconhecida e aclamada.
Esta imagem pintada por Bellini em 1490, tem-me acompanhado ao longo dos últimos vinte e tal anos. Faz, seguramente, parte dos meus afectos. Curiosamente, continua ainda hoje obscuro o motivo pintado. As figuras presentes nunca foram claramente identificadas e, embora a maioria dos estudiosos se incline para uma alegoria do Paraíso ou um diálogo sagrado sobre o Paraíso, inclino-me mais para a tese, pouco aprofundada, de que se trata de uma pequena ilustração de um poema francês do século XIV entitulado «Le pélérinage de l'âme».
Giovanni Bellini, Alegoria Sagrada, 1490.