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quarta-feira, 14 de julho de 2004

 
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Resposta a TEMPOS DUROS 3: O ARGUMENTO HEGELIANO

Não poderia ser de outra maneira. Mal traduzido, poéticamente à O’Neill, já eu tinha assinalado no post de 29 de Junho:

O meu marido saiu de casa no dia
25 de Janeiro. Levava uma bicicleta
a pedais, caixa de ferramenta de pedreiro,
vestia calças azuis de zuarte, camisa verde,
blusão cinzento, tipo militar, e calçava
botas de borracha e tinha chapéu cinzento
e levava na bicicleta um saco com uma manta
e uma pele de ovelha, um fogão a petróleo
e uma panela de esmalte azul.
Como não tive mais notícias, espero o pior
.

O PR não tinha grande saída. Outra qualquer, que não esta, poria sempre em relevo a avaliação pessoal. Não seria “políticamente” correcto. Fantástica é a assumpção final da “cosa nostra” emitida do Largo do Rato: ele é as ofensas. Ele é o desgosto. Ele é o despeito. Chega à demissão, ao abandono. O Padrinho não se comportou como devia. Não há aqui, obviamente, nenhuma “lembrança” da "coisa nacional”. Esta só serve de argumento à falta de lealdade para com a causa. Era agora... os elementos eram favoráveis. A possibilidade de conquistar território. E o Padrinho traí-os.
Bom... o Padrinho, que para nós é apenas o PR, escolheu mal mas, buonna fortuna, não fez a vontade à “cosa nostra”.
Ou será que o actual incómodo do “nariz entupido” é tão grande que toda a gente já se esqueceu da “pneumonia” guterrista de seis anos, mesmo com as refeições servidas na cama?



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