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segunda-feira, 20 de setembro de 2004

 
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Cartas de Paris (4)


Ainda Jongkind – As aguarelas


Jongkind, Barque avec marins dans un paysage brumeux.

Jongkind surge como um magnífico aguarelista, denotando nesta disciplina a influência dos movimentos emergentes da sua época.
Como fiz notar em Cartas de Paris (3), Jongkind nunca conseguiu distanciar-se o suficiente da sua austera (mas sólida) formação académica por forma a assumir, integralmente (e íntimamente) as ideias e conceitos novos da sua época. Muito embora se situe, pictóricamente, no limiar do impressionismo, fazendo a “ponte”, de forma subtil e elegante entre o realismo romântico e o impressionismo, Jongkind recusa íntimamente participar nas novas vanguardas do seu tempo. E aqui a palavra íntimamente tenta reflectir um pouco a própria personalidade do pintor, distante de teorizações e discreto na postura.
Mas, se por um lado, a pintura de Jongkind nunca se consegue subtraír inteiramente aos academismos do romantismo e do realismo – Jongkind foi sempre um pintor de atelier, a simples ideia de pintar ao ar livre perturbava-o, muito embora tenha mantido estreito contacto com os pintores de Barbizon -, por outro, a recolha sistemática de material pictórico era feita em pleno contacto com o real, fosse este campestre ou urbano. Não é assim, por acaso, que é justamente nas suas aguarelas que podemos sentir uma maior proximidade ao impressionismo.
Aliás, a amizade com o jovem Monet surge em 1862 quando um coleccionador inglês, conhecedor da obra dos dois homens, resolve organizar um jantar para que se conheçam. Esse jantar teve lugar em Honfleur, no jardim da pousada La Ferme St. Siméon. Claude Monet, dois anos após a morte de Jongkind, relata numa entrevista a Thiébault-Sisson, publicada no jornal Le Temps a 26 de Novembro de 1900: “Jamais repas ne fut si gai. En plein air, dans un jardinet de campagne, sous les arbres, en face d’une bonne cuisine rustique, son verre plein, entre deux admirateurs don’t la sincérité ne faisait pas de doute, Jongkind ne se sentait pas d’aise. L’imprévu de l’aventure l’amusait: il n’était pas habitué d’ailleurs à être recherché de la sorte. Sa peinture était trop nouvelle et d’une note bien trop artistique pour qu’on l’appréciât, en 1862, à son prix.”


Jongkind, Navires à voiles en pleine mer, 29 de Setembro de 1865.

Jongkind dominava mal o françês mas a descrição desse jantar não deixa dúvidas de um entendimento perfeito entre os dois pintores. Sabemos que Jongkind convidou Monet a pintar no seu atelier em Paris mas é este, no início da sua carreira, que consegue cativar Jongkind a pintar com ele ao ar livre. Muitas das aguarelas de Jongkind dessa época foram trabalhadas na companhia de Monet.
Ainda nessa entrevista ao Le Temps, Monet confessa: “C’est à lui que je dois l’éducation de mon oeil”.



Jongkind, Bateaux-lavoirs sur la Seine devant le pont Notre-Dame, 13 de Maio de 1869.




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