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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

 
Notas sobre o Renascimento (2)

Raffaello - Retrato de Guidubaldo da Montefeltro



Óleo sobre madeira, 70x51,6 cm. Inscrições no verso: diversos registos de inventário - 1723, 1761, 1771, 1793, 1809, 1815, 1846, 1912, 1977.

Este é o retrato do duque de Urbino Guidubaldo da Montefeltro, descrito como um homem com um barrete negro e envergando um robe negro bordado a ouro. O duque está representado sobre o fundo de uma parede que, à direita se abre como uma janela sobre uma paisagem. Nesta paisagem, podemos reconhecer uma construção rural junto da qual podemos ver umas pequenas figuras. Ao longe, os muros de uma cidade, uma igreja e um campanário.
A identificação da personagem é relativamente recente pois a referência ao nome do duque de Urbino foi esquecida nos antigos inventários fiorentinos. A obra, já no seiscento, era descrita como o "retrato de um jovem" e assim permanecerá até ao oitocento, com excepção para um período que vai de 1761 até ao fim do século XVIII em que a figura é identificada como sendo o próprio Raffaello. Só em 1900 é que a figura é seguramente identificada como tratando-se do duque de Urbino por comparação com uma miniatura do duque posta no início de um manuscrito quinhentista proveniente da biblioteca ducal de Urbino e conservado na Biblioteca apostólica do Vaticano.
Guidubaldo foi o último descendente directo da família Montefeltro pois devido a um problema de impotência, acabou por adoptar Francesco Maria della Rovere e designá-lo seu sucessor para garantir a estabilidade do ducado.
Nascido em Gubbio em 1472, de Federico, duque de Urbino e de Battista Sforza, Guidubaldo herdou o título de duque de Urbino com apenas dez anos de idade. Em 1489 casa com Elisabetta Gonzaga, filha do marquês de Mântua, Federico. Ao duque de Montefeltro é atribuído um papel importante na vida cultural e artística dos primeiros anos do cinquecento.
Raffaello, chamado pela duquesa Elisabetta, para a corte de Urbino, trabalha durante alguns anos para Montefeltro. Embora as muitas crónicas façam referência ao apoio dado pelo duque às artes, não existe nenhum dado concreto sobre este assunto e, históricamente, sabemos que, mais provávelmente, o desenvolvimento artístico e literário na corte de Urbino teve como verdadeira responsável a mulher do duque, Elisabetta.



Na viragem do século XV para o século XVI, Guidubaldo, ao serviço do papa Alessandro VI, encontra-se envolvido numa guerra pelo domínio papal de alguns territórios. O seu ducado acaba por ser ocupado a 21 de Julho de 1502 pelas tropas papais, comandadas pelo ambicioso Cesare Borgia. Guidubaldo e a família fogem de Urbino onde só voltarão a 28 de Agosto do ano seguinte com a ascenção de Giulio II ao trono papal e com a ajuda do cardeal Giuliano della Rovere, seu cunhado, que consegue fazer com que Guidubaldo caia nas boas graças do novo papa. Em 1504, Giulio II nomeia-o capitão da Igreja com o comando de quatrocentos soldados e neste mesmo ano recebe uma condecoração do rei de Inglaterra Henrique VII que queria assim garantir Guidubaldo como seu intermediário junto ao papa.
Até à sua morte, a 11 de Abril de 1508, o duque Guidubaldo terá convivido com Raffaello, protegido de sua mulher Elisabetta na corte de Urbino. No entanto, não sabemos em que data se terá dado o encontro entre eles que esteve na origem da execução deste retrato mas, muito provávelmente, terá sido entre 1504 e 1506.



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