terça-feira, 22 de março de 2005
Um livro
Editado em 1991 com o apoio da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia, As Novas Tecnologias, o Futuro dos Impérios e os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, é sem dúvida uma das obras de referência de Fernando Carvalho Rodrigues, talvez de leitura obrigatória neste tempo em que tanto se fala em Portugal de "choque tecnológico", muitas vezes visto a partir de referências epidérmicas. Carvalho Rodrigues expõe aqui as suas ideias sobre a entropia da informação em sistemas estruturados e a forma como a informação regula a coesão das estruturas, neste caso aplicado às Forças Armadas: "A estrutura que são as Forças Armadas não tem a capacidade de absorver mais do que dez, quinze por cento de baixas e manter-se vitoriosa. Mais uma vez é como se o sistema, fora de equilíbrio, tivesse um máximo de quantidade de informação, produzida pela desorganização, pela depradação do factor relevante, com o qual não é compatível. Passado esse valor o sistema cessa de existir com aquela estrutura e outra estrutura toma o seu lugar".
No Prefácio a esta obra, Carvalho Rodrigues, quase adivinhando o momento presente, escreve: "É que um império é sempre uma estrutura que cresceu em complexidade ao mesmo tempo que manteve uma grande simplicidade de informação. A informação parece ser a chave para que uma estrutura de império seja ao mesmo tempo complexa e coesa. (...) Fica, com este trabalho, igualmente demonstrado como a inovação criativa é responsável pelas grandes mudanças económicas induzidas pelos novos conceitos científicos e pelas novas tecnologias geradoras de impérios".
Editado em 1991 com o apoio da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia, As Novas Tecnologias, o Futuro dos Impérios e os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, é sem dúvida uma das obras de referência de Fernando Carvalho Rodrigues, talvez de leitura obrigatória neste tempo em que tanto se fala em Portugal de "choque tecnológico", muitas vezes visto a partir de referências epidérmicas. Carvalho Rodrigues expõe aqui as suas ideias sobre a entropia da informação em sistemas estruturados e a forma como a informação regula a coesão das estruturas, neste caso aplicado às Forças Armadas: "A estrutura que são as Forças Armadas não tem a capacidade de absorver mais do que dez, quinze por cento de baixas e manter-se vitoriosa. Mais uma vez é como se o sistema, fora de equilíbrio, tivesse um máximo de quantidade de informação, produzida pela desorganização, pela depradação do factor relevante, com o qual não é compatível. Passado esse valor o sistema cessa de existir com aquela estrutura e outra estrutura toma o seu lugar".
No Prefácio a esta obra, Carvalho Rodrigues, quase adivinhando o momento presente, escreve: "É que um império é sempre uma estrutura que cresceu em complexidade ao mesmo tempo que manteve uma grande simplicidade de informação. A informação parece ser a chave para que uma estrutura de império seja ao mesmo tempo complexa e coesa. (...) Fica, com este trabalho, igualmente demonstrado como a inovação criativa é responsável pelas grandes mudanças económicas induzidas pelos novos conceitos científicos e pelas novas tecnologias geradoras de impérios".