quinta-feira, 14 de abril de 2005
A ler na Voz do deserto
Os evangélicos tinham o hábito de dar nomes bíblicos aos seus filhos.
Daí que os Jónatas, Rebecas, Eunices e Isaques que os estimados leitores conhecem têm 75% de hipóteses de ser descendência de protestantes. A minha geração, mais aburguesada e semanticamente negligente, já nomeia por gosto. O gosto é o mais duvidoso critério dos países desenvolvidos. Gosto serve para comer gelados e comprar sapatos.
A verdade é que nunca afaguei na alcofa um Judas ou apanhei do chão a chucha a uma Jezabelzinha. O parâmetro metafísico-literário é muito bonito mas não resiste ao pragmatismo da hermenêutica.
Os evangélicos tinham o hábito de dar nomes bíblicos aos seus filhos.
Daí que os Jónatas, Rebecas, Eunices e Isaques que os estimados leitores conhecem têm 75% de hipóteses de ser descendência de protestantes. A minha geração, mais aburguesada e semanticamente negligente, já nomeia por gosto. O gosto é o mais duvidoso critério dos países desenvolvidos. Gosto serve para comer gelados e comprar sapatos.
A verdade é que nunca afaguei na alcofa um Judas ou apanhei do chão a chucha a uma Jezabelzinha. O parâmetro metafísico-literário é muito bonito mas não resiste ao pragmatismo da hermenêutica.