quinta-feira, 23 de junho de 2005
Balada de Pedro Nava
Foto de R. Yoko
A moça dizia à lua
Minha carne é cor-de-rosa
Não é verde como a tua
Eu sou jovem e formosa.
Minhas maminhas — a moça
À lua mostrava as suas —
Têm a brancura da louça
Não são negras como as tuas.
E ela falava: Meu ventre
É puro — e o deitava à lua
A lua que o sangra dentro
Quem haverá que a possua?
Meu sexo — a moça jogada
Entreabria-se nua —
É o sangue da madrugada
Na triste noite sem lua.
Minha pele é viva e quente
Lança o teu raio mais frio
Sobre o meu corpo inocente...
Sente o teu como é vazio...
Vinicius de Moraes
in Poemas, sonetos e baladas
in Antologia Poética
in Poesia completa e prosa: "O encontro do cotidiano"
Foto de R. Yoko
A moça dizia à lua
Minha carne é cor-de-rosa
Não é verde como a tua
Eu sou jovem e formosa.
Minhas maminhas — a moça
À lua mostrava as suas —
Têm a brancura da louça
Não são negras como as tuas.
E ela falava: Meu ventre
É puro — e o deitava à lua
A lua que o sangra dentro
Quem haverá que a possua?
Meu sexo — a moça jogada
Entreabria-se nua —
É o sangue da madrugada
Na triste noite sem lua.
Minha pele é viva e quente
Lança o teu raio mais frio
Sobre o meu corpo inocente...
Sente o teu como é vazio...
Vinicius de Moraes
in Poemas, sonetos e baladas
in Antologia Poética
in Poesia completa e prosa: "O encontro do cotidiano"