segunda-feira, 22 de agosto de 2005
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Em Paris, no d'Orsay
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Anonyme, Dame dans une chaise à porteurs avec deux esclaves, Baía, cerca de 1860.
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Albert Frisch, Mère et enfant métis dans la région du Rio Negro, Amazonia, cerca de 1865
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Marc Ferrez, Esclaves au marché à Rio de Janeiro, cerca de 1875.
Em Paris, no d'Orsay
Prosseguindo a sequência de exposições anuais sobre a fotografia do século XIX e início do século XX, pode-se ver, este ano no museu d'Orsay, L'empire brésilien et ses photographes, Collections de la Bibliothèque Nationale du Brésil et de l'Institut Moreira Salles.
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Anonyme, Dame dans une chaise à porteurs avec deux esclaves, Baía, cerca de 1860.
Depois de duas excepcionais exposições, em 2003 e 2004, designadamente Le daguerréotype français, un object photographique e Photographies de guerre, é a vez agora destas duas colecções, constituídas a partir da colecção particular de D. Pedro II que, em 1839, ficou fascinado pelos primeiros daguerreotipos que viu.
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Albert Frisch, Mère et enfant métis dans la région du Rio Negro, Amazonia, cerca de 1865
O crescimento económico do Brasil nos meados do século XIX, suscita o afluxo de estrangeiros. Os fotógrafos franceses Auguste Stahl e Marc Ferrez ou os alemães Albert Frisch e Revert Klumb, são fascinados pelas paisagens do Novo Mundo. O gosto pelo pitoresco é, assim, o que caracteriza estas imagens do Rio de Janeiro e da Baía. Aliás, os fotógrafos que chegam ao Brasil a partir de 1850 fotografam o Rio de Janeiro, a Baía e Minas Gerais, muito na continuidade da pintura paisagista e documental que vinha sendo feita no Brasil desde 1810 e de que as gravuras e os desenhos do Conde de Clarac e de Alexandre de Humboldt são os exemplos mais notáveis.
Embora no seu tempo a obra destes fotógrafos tenha tido ampla divulgação na Europa e nos Estados Unidos, em inúmeras exposições de carácter etnológico e antropológico, há muito tinham caído no esquecimento. Podem agora ser vistas, em Paris, até 4 de Setembro.
Embora no seu tempo a obra destes fotógrafos tenha tido ampla divulgação na Europa e nos Estados Unidos, em inúmeras exposições de carácter etnológico e antropológico, há muito tinham caído no esquecimento. Podem agora ser vistas, em Paris, até 4 de Setembro.
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Marc Ferrez, Esclaves au marché à Rio de Janeiro, cerca de 1875.