terça-feira, 1 de novembro de 2005
Portugal, trespassa-se...
Hoje, no jornal das 9 na SIC Notícias, João Soares versus Manuel Monteiro. Não gosto de escrever sobre política. Este blog é essencialmente cultural. Mas a cultura, às vezes tem que reflectir sobre estas coisas: nunca gostei de Manuel Monteiro. Sempre me pareceu um Francisco Louçã às avessas mas, substâncialmente, igual: calvinista, moralista, messiânico. Do outro lado da mesa, um João Soares defensor do pai. Como, religiosamente, não poderia deixar de ser. O pai defende o filho, apelando ilegalmente ao voto em pleno dia de eleições (por acaso, alguém soube o que se passou ou passa com a advertência feita pela Comissão Nacional de Eleições?), o filho defende o pai, publicamente declarando que é o único presidente possível para Portugal. Pai, Filho, ausência de Espírito Santo. Ou talvez não. O Espírito Santo estará, porventura, no Largo do Rato.
Senhores de Corlleone, porquê fazer estagiar os vossos rapazes em Mahattan ou Singapura? Aqui no Largo do Rato aprenderão rapidamente, e com custos muito mais em conta, os mecânismos dos "tentáculos", a coberto de uma imagem burguesa de boa educação e postura credível, esquecendo os pequenos icebergs provincianos que vêm dos lados de Felgueiras mas que o Espírito Santo do Largo do Rato se encarregará de descartar, abafar ou converter ao bom bom senso burguês e cosmopolita.
Hoje, no jornal das 9 na SIC Notícias, João Soares versus Manuel Monteiro. Não gosto de escrever sobre política. Este blog é essencialmente cultural. Mas a cultura, às vezes tem que reflectir sobre estas coisas: nunca gostei de Manuel Monteiro. Sempre me pareceu um Francisco Louçã às avessas mas, substâncialmente, igual: calvinista, moralista, messiânico. Do outro lado da mesa, um João Soares defensor do pai. Como, religiosamente, não poderia deixar de ser. O pai defende o filho, apelando ilegalmente ao voto em pleno dia de eleições (por acaso, alguém soube o que se passou ou passa com a advertência feita pela Comissão Nacional de Eleições?), o filho defende o pai, publicamente declarando que é o único presidente possível para Portugal. Pai, Filho, ausência de Espírito Santo. Ou talvez não. O Espírito Santo estará, porventura, no Largo do Rato.
Senhores de Corlleone, porquê fazer estagiar os vossos rapazes em Mahattan ou Singapura? Aqui no Largo do Rato aprenderão rapidamente, e com custos muito mais em conta, os mecânismos dos "tentáculos", a coberto de uma imagem burguesa de boa educação e postura credível, esquecendo os pequenos icebergs provincianos que vêm dos lados de Felgueiras mas que o Espírito Santo do Largo do Rato se encarregará de descartar, abafar ou converter ao bom bom senso burguês e cosmopolita.