segunda-feira, 14 de novembro de 2005
Vídeo-vigilância
Uma das mais interessantes questões que se têm posto ultimamente refere-se às relações complicadas entre video art e vídeo-vigilância, num mundo em que as expressões fílmicas se debatem com o problema da segurança, por um lado, e o fascínio pelo vídeo e pelas webcam's, por outro. A Universidade de Illinois traz à tona este debate através da exposição Balance and Power: Performance and Surveillance in Video Art. As complexas relações entre video art com uma intencionalidade de performance e o natural movimento das pessoas filmado pelas câmaras de vídeo-vigilância, em que tantas vezes são reveladas intenções, emoções e atitudes, está aqui posto em causa. Até que ponto a performance não se constrói a partir da vídeo-vigilância e, também, até que ponto a vídeo-vigilância não gera performance. É este o interessante debate que passa por leituras intimistas e fragmentadas da vida quotidiana das pessoas, movimentos fílmicos que se constituem como excelente material metafórico mas em que, numa consequência terminal, se coloca o problema da intencionalidade: a intencionalidade de quem filma, por um lado, mas também, por outro, o nível de consciência e de postura de quem é filmado.
Um muito obrigado aos leitores deste blog da Universidade de Illinois que me fizeram chegar documentação sobre este fascinante debate.
Um muito obrigado aos leitores deste blog da Universidade de Illinois que me fizeram chegar documentação sobre este fascinante debate.