terça-feira, 10 de janeiro de 2006
Caos
Obras em casa é sempre uma passagem, sempre ilusóriamente menos temporária do que se julga, da ordem ao caos. Mesmo que subsista a esperança da ordem antiga, o que vem a seguir é sempre uma nova ordem. Mas o mais interessante de tudo isto não é propriamente imaginar essa nova ordem mas deixarmo-nos surpreender pelo caos. É neste caos que o ter e o ser se conjugam no mesmo tempo. Viver no meio de caixas de cartão onde toda a nossa vida se arruma na desordem natural de uma cronologia não respeitada. Sempre que se procura alguma coisa neste caos é-se surpreendido por outra que surge irónicamente do vazio da memória. O caos é o jardim onde a memória brinca.
Obras em casa é sempre uma passagem, sempre ilusóriamente menos temporária do que se julga, da ordem ao caos. Mesmo que subsista a esperança da ordem antiga, o que vem a seguir é sempre uma nova ordem. Mas o mais interessante de tudo isto não é propriamente imaginar essa nova ordem mas deixarmo-nos surpreender pelo caos. É neste caos que o ter e o ser se conjugam no mesmo tempo. Viver no meio de caixas de cartão onde toda a nossa vida se arruma na desordem natural de uma cronologia não respeitada. Sempre que se procura alguma coisa neste caos é-se surpreendido por outra que surge irónicamente do vazio da memória. O caos é o jardim onde a memória brinca.