segunda-feira, 15 de maio de 2006
Cindy Sherman
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Inaugura amanhã em Paris, no Jeu de Paume, uma retrospectiva de Cindy Sherman. Desde os seus primeiros trabalhos, há mais de trinta anos, Cindy Sherman serve-se do seu próprio corpo como objecto de representação fotográfica. Série após série, ela é sempre a actriz de múltiplas personagens inventadas. Por vezes tocando a comédia, outras a mais gritante brutalidade, Cindy Sherman interroga de forma sistemática os estereotipos sociais e culturais e a identidade individual, em particular a feminina, na relação com os vários modos de representação contemporânea: da publicidade ao cinema ou à pintura. Esta é a zona de incerteza e conflitualidade em que a identidade individual é tomada pelo imaginário colectivo com o poder simbólico que se lhe reconhece provocando, tantas vezes, a repulsa, a alteração ou o desmembramento do corpo. Esta é a proposta nuclear de Cindy Sherman que, como Jeff Wall, realizou integralmente a sua obra utilizando o suporte fotográfico.
Esta retrospectiva apresenta obras de 1975 a 2005. A não perder, até 3 de Setembro.
Esta retrospectiva apresenta obras de 1975 a 2005. A não perder, até 3 de Setembro.