quinta-feira, 20 de julho de 2006
Carta

Foto de Katarzina Widmanska
Quisera escrever-lhe com uma letrinha
redonda e bonita de aluna
de Escola Normal.
Ia dizendo que sinto saudades, mas não
é bem isso. O que sinto é uma agonia
dolorosa, porque a gente sabe que
não dá para matar.
Ia dizendo que o amo,
mas é assim que se entrega uma vida?
Ia terminando com um "eternamente sua",
mas quem sabe se você me quererá para
sempre?
Laís Corrêa de Araújo in Caderno de poesia, 1951.

Foto de Katarzina Widmanska
Quisera escrever-lhe com uma letrinha
redonda e bonita de aluna
de Escola Normal.
Ia dizendo que sinto saudades, mas não
é bem isso. O que sinto é uma agonia
dolorosa, porque a gente sabe que
não dá para matar.
Ia dizendo que o amo,
mas é assim que se entrega uma vida?
Ia terminando com um "eternamente sua",
mas quem sabe se você me quererá para
sempre?
Laís Corrêa de Araújo in Caderno de poesia, 1951.