quarta-feira, 12 de julho de 2006
Nothing
Schirn Kunsthalle Frankfurt apresenta, a partir de hoje e até 1 de Outubro, Nothing, exposição que reúne obras de Art & Language, John Baldessari, Robert Barry, Joseph Beuys, Stefan Brüggemann, James Lee Byars, Martin Creed, Spencer Finch, Ceal Floyer, Tom Friedman, Jeppe Hein, Martin Kippenberger, Joseph Kosuth, Imi Knoebel, Christine Kozlov, Nam June Paik, Karin Sander, Joëlle Tuerlinckx, Luc Tuymans e Remy Zaugg.
Um dos temas caros do Modernismo foi a ideia de vazio. Ela surge já com Malevich e os seus quadrados negros de 1915 e está sempre presente nos conceitos de não-representação, subjacentes a todos os abstraccionismos. Esta ideia de atingir o "ponto zero" da imagem foi seguida obsessivamente por pintores como Reinhardt, o que levou Harold Rosenberg a escrever sobre esse processo: “Rothko […] pulled down the shades, Newman closed the door, and Reinhardt shut off the lights.” Nos anos sessenta, com a arte conceptual, a ideia da negação rapidamente acarretou a ideia da negação da negação e os artistas exploraram, de forma ainda mais profunda, o conceito de vazio. Na sequência da assumpção da arte como produto de uma ideia, todo o jogo se passava ao nível da linguagem. Pós-minimalistas e neo-conceptualistas levam esta ideia da relação da arte com a linguagem às últimas consequências, remetendo a imagem para o nada e pondo em causa o próprio objecto artístico, os seus métodos de produção e a sua visibilidade positiva. Nothing, aborda os últimos quarenta anos deste trabalho e desta pesquisa de redução do visível que tanto preocupou artistas como John Baldessari ou Tom Friedman.
Um dos temas caros do Modernismo foi a ideia de vazio. Ela surge já com Malevich e os seus quadrados negros de 1915 e está sempre presente nos conceitos de não-representação, subjacentes a todos os abstraccionismos. Esta ideia de atingir o "ponto zero" da imagem foi seguida obsessivamente por pintores como Reinhardt, o que levou Harold Rosenberg a escrever sobre esse processo: “Rothko […] pulled down the shades, Newman closed the door, and Reinhardt shut off the lights.” Nos anos sessenta, com a arte conceptual, a ideia da negação rapidamente acarretou a ideia da negação da negação e os artistas exploraram, de forma ainda mais profunda, o conceito de vazio. Na sequência da assumpção da arte como produto de uma ideia, todo o jogo se passava ao nível da linguagem. Pós-minimalistas e neo-conceptualistas levam esta ideia da relação da arte com a linguagem às últimas consequências, remetendo a imagem para o nada e pondo em causa o próprio objecto artístico, os seus métodos de produção e a sua visibilidade positiva. Nothing, aborda os últimos quarenta anos deste trabalho e desta pesquisa de redução do visível que tanto preocupou artistas como John Baldessari ou Tom Friedman.