terça-feira, 12 de setembro de 2006
Guerra perdida
Depois de assistir ao debate de esta noite do prós e contras na RPT 1, fiquei com a certeza de que esta guerra está perdida. Mário Soares está morto. Falta apenas enterrá-lo. Fala de um mundo que já não existe. Chega a ser comovente a troca de datas, os disparates conspiratórios, a infantilidade com que aborda os problemas, metendo os pés pelas mãos em nome de um socialismo democrático caduco, rememoração sem fim dos ideais de uma vida. Infelizmente, a leitura do duro e penoso princípio da realidade remete-o para a História que é, em parte, a história de todos nós, não podendo, no entanto, iludir-nos ou impedir-nos de fazer uma leitura factual da realidade presente. Essa, ele nega, com a dispensa que a idade lhe confere.
Os intelectuais de esquerda, deserdados do comunismo, facturam na anti-globalização, criando desculpas infantis para a acção terrorista, numa perspectiva sempre anti-americana. Eles são, afinal, o apoio, dentro do Ocidente, de que o fundamentalismo islâmico necessitava. São o movimento de auto-crítica, absolutamente impensável no interior do Islão. É a partir daqui que se desenvolverá o ataque final, com apoios internos, com condescendências internas. Esse ataque poderá ter a forma nuclear ou biológica. Será sempre um ataque de matriz cultural ao Ocidente.
Há diálogos impossíveis. Mário Soares tem anos de vida suficientes para saber isso. Ou, afinal, a sabedoria nada tem que ver com a idade.
Depois de assistir ao debate de esta noite do prós e contras na RPT 1, fiquei com a certeza de que esta guerra está perdida. Mário Soares está morto. Falta apenas enterrá-lo. Fala de um mundo que já não existe. Chega a ser comovente a troca de datas, os disparates conspiratórios, a infantilidade com que aborda os problemas, metendo os pés pelas mãos em nome de um socialismo democrático caduco, rememoração sem fim dos ideais de uma vida. Infelizmente, a leitura do duro e penoso princípio da realidade remete-o para a História que é, em parte, a história de todos nós, não podendo, no entanto, iludir-nos ou impedir-nos de fazer uma leitura factual da realidade presente. Essa, ele nega, com a dispensa que a idade lhe confere.
Os intelectuais de esquerda, deserdados do comunismo, facturam na anti-globalização, criando desculpas infantis para a acção terrorista, numa perspectiva sempre anti-americana. Eles são, afinal, o apoio, dentro do Ocidente, de que o fundamentalismo islâmico necessitava. São o movimento de auto-crítica, absolutamente impensável no interior do Islão. É a partir daqui que se desenvolverá o ataque final, com apoios internos, com condescendências internas. Esse ataque poderá ter a forma nuclear ou biológica. Será sempre um ataque de matriz cultural ao Ocidente.
Há diálogos impossíveis. Mário Soares tem anos de vida suficientes para saber isso. Ou, afinal, a sabedoria nada tem que ver com a idade.