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terça-feira, 12 de dezembro de 2006

 
Bardos e cordas


Foto de Lilya Cornelli




É morto o rei. Vinte e um tiros de bombarda
retumbam na praça da Concórdia.

Silêncio, alaúde gaio, viola e dulçaina:
vibre sobre o ataúde a corda mais macabra.

Acompanhe-se do hino eructado pelo bardo:
reclama o céu a fúnebre oração como exórdio.

O incenso é mais que aroma de pardais
guarnecido de líquenes, louca e horrenda raça!

Às portas do Louvre dormiam guardas;
grandes portos os palácios onde a morte aborda.

Corsa, calmuca, curda, iroquesa e lombarda,
cinge o catafalco e estólida horda.

Vigília que nunca fizera romba a Parca:
requer-se ricto que retorça, boca que morda.

Que a espada ou o dente cortem enquanto o cumbo arder:
fogo ao vácuo, canhões na praça da Concórdia.

Arma amortecida, a foice não teme a espingarda:
retumba, sinal de luto: vibra, corda macabra.

Os suíços ferem o mosaico com as alabardas:
Senhor, acolhe o morto com tua misericórdia.


Alfred Jarry



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