sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
Ainda a propósito da Epopeia de Gilgamesh
Curiosidades: relações com a Bíblia.
Gilgamesh é, sobretudo, o homem que procura a vida e quer escapar à morte. A morte do seu amigo Enkidu fá-lo tomar consciência da sua propria finitude e Gilgamesh parte, assim, à procura daquele que "tinha encontrado a vida", que é o significado babilónico do termo "Uta-napishtim". No seu percurso de sucessivas provas, Gilgamesh, pode ser lido como o primeiro herói trágico da humanidade. Ele quer tornar-se imortal como Ut-napishtim mas uma serpente rouba-lhe a flor da eterna juventude que Gilgamesh tirara do fundo do mar: a flor ante-diluviana. E Gilgamesh reconhece a sua desventura: "a morte é a desgraça da humanidade; depois dela não há nada!" Os pontos de contacto são aqui evidentes entre o Genesis e a epopeia de Gilgamesh: é uma serpente que priva os homens da imortalidade.
The Chaldean Account of Genesis publicado em 1872 a partir da descoberta que George Smith faz da versão babilónica do Dilúvio, leva-nos a crer que a versão bíblica do Dilúvio depende literáriamente da versão babilónica.
Os habitantes da Palestina tinham conhecimento da história de Gilgamesh, cerca de 1400 anos antes de Cristo. A diferença entre as duas versões do Dilúvio, a bíblica e a babilónica, resume-se fundamentalmente ao carácter politeísta, mais rude e grosseiro mas também mais realista da versão babilónica.
Gilgamesh é, sobretudo, o homem que procura a vida e quer escapar à morte. A morte do seu amigo Enkidu fá-lo tomar consciência da sua propria finitude e Gilgamesh parte, assim, à procura daquele que "tinha encontrado a vida", que é o significado babilónico do termo "Uta-napishtim". No seu percurso de sucessivas provas, Gilgamesh, pode ser lido como o primeiro herói trágico da humanidade. Ele quer tornar-se imortal como Ut-napishtim mas uma serpente rouba-lhe a flor da eterna juventude que Gilgamesh tirara do fundo do mar: a flor ante-diluviana. E Gilgamesh reconhece a sua desventura: "a morte é a desgraça da humanidade; depois dela não há nada!" Os pontos de contacto são aqui evidentes entre o Genesis e a epopeia de Gilgamesh: é uma serpente que priva os homens da imortalidade.
The Chaldean Account of Genesis publicado em 1872 a partir da descoberta que George Smith faz da versão babilónica do Dilúvio, leva-nos a crer que a versão bíblica do Dilúvio depende literáriamente da versão babilónica.
Os habitantes da Palestina tinham conhecimento da história de Gilgamesh, cerca de 1400 anos antes de Cristo. A diferença entre as duas versões do Dilúvio, a bíblica e a babilónica, resume-se fundamentalmente ao carácter politeísta, mais rude e grosseiro mas também mais realista da versão babilónica.