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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

 
Portugal trespassa-se — Debate quinzenal



Quem assume a responsabilidade pública de projectos destes só pode mesmo ser arrogante. As casinhas de Couvadoude, Rapoula e Valhelhas levam-me a questionar o que quererá o PM dizer quando fala da qualificação dos portugueses...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

 
Os cavalos voantes


Foto de Lilya Corneli


a Urbano Tavares Rodrigues


n'água do tanque
onde Narciso sorri
no verde limo do fundo
sem imagem de suporte
no lado do mundo morto
que é este lado

viram então que
os cavalos voantes vi-
eram do tecto do Mundo
com um símbolo de morte
em qualquer parte do corpo
indecifrado


Eduíno de Jesus in Os silos do silêncio, Poesia (1948-2004).

 
Cosas del Surrealismo



Cosas del Surrealismo é a exposição que inaugura amanhã no Guggenheim de Bilbao. Mais de 250 objectos provenientes de colecções publicas e privadas permitem a leitura das relações entre o surrealismo e o mundo do design, da moda, do teatro, do cinema, da publicidade e as influências exercidas pelo movimento de Breton nestas outras áreas da criatividade, bem como as tensões crescentes que surgiram pela comercialização de uma estética que estaria completamente arredada dos pressupostos conceptuais do movimento surrealista. A exposição pode ser vista até 7 de Setembro. Ler mais aqui.

 
A ler

Hoje no DN, Maria José Nogueira Pinto: O desencantamento da política.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

 
A ler

Hoje no DN, Baptista-Bastos: Os miúdos com fome.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

 
As ilhas afortunadas


Foto de Lilya Corneli


Que voz vem no som das ondas
Que não é a voz do mar?
É a voz de alguém que nos fala,
Mas que, se escutarmos, cala,
Por ter havido escutar.

E só se, meio dormindo,
Sem saber de ouvir ouvimos
Que ela nos diz a esperança
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos.

São ilhas afortunadas
São terras sem ter lugar,
Onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando
Cala a voz e há só o mar.


Fernando Pessoa in Mensagem.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

 
Adeus a Alain Robbe-Grillet



Morreu hoje Robbe-Grillet. Nascido em 1922, em Brest, Robbe-Grillet estudou matemática e biologia. Formou-se em 1945 pelo Instituto Nacional de Agronomia de Paris. Aos trinta anos muda radicalmente a direcção da sua vida. Começou a escrever e a publicar em 1951 com Les Gommes, seguindo-se Le Voyer (1955) e La Jalousie (1957). A partir de 1955 torna-se consultor literário das Editions de Minuit e consegue trazer para essa editora nomes como Claude Simon, Nathalie Sarraute, Michel Butor, Jacques Derrida e Pierre Bourdieu. Em 1959 publica Dans le Labyrinthe e escreve o argumento para o filme de Alain Resnais L'Année Dernière à Marienbad, que ganha o Leão de Ouro no Festival de Veneza em 1961. Em 1963 publica Pour un nouveau roman em que explana as suas ideias relativas às novas formas do romance francês com a descrição física e impessoal dos objectos e a exclusão de toda e qualquer leitura psicológica e ideológica. Critica a antropomorfização dos objectos, através da metáfora, o que o coloca em desacordo com Jean-Paul Sartre e Albert Camus. Em 1963 começa também a filmar. Inicia uma longa filmografia com L'Immortelle (1963), Trans-Europ-Express (1966), L'Homme qui ment (1968), Project pour une révolution à New York (1970), L'Éden et après (1971), N a pris les dés (1972), Glissements progressifs du plasir (1974), Le jeu avec le feu (1975), Topologie d'une cité fantôme (1976), etc. Continua a escrever, por vezes em colaboração, como acontece com La belle captive (1976) com René Magritte, Traces suspectes en surfaces (1978) com Robert Rauschenberg ou Le rendez-vous (1981) com Yvone Lenard. Foi eleito membro da Academia Francesa em 2004. Morreu hoje.

 
I segreti (XV)



Del ritardare gli accidenti della vecchiaia e del prolungare la vita umana

La natura tuttavia non vien meno nelle cose necessarie, nè la perfetta scienza, anzi aiuta a rialzarsi e a insorgere contro le infermità accidentali, così che siano distrutte in parte o completamente. E al principio, quando l'età degli uomini cominciava a diminuire, il rimedio sarebbe stato facile, ma ora, a distanza di cinque millenni e più, è difficile porre riparo. I sapienti, tuttavia, mossi dalle precedenti considerazioni, si sono sforzati di escogitare dei mezzi, non solo contro il difetto del proprio qualsivoglia regime, ma contro la corruzione dei genitori, non per ottenere che l'uomo sia ricondotto alla vita di Adamo o di Artefio, dato che la corruzione va crescendo, ma per prolungare la vita per un centinaio d'anni o più, oltre la comune età degli uomini che ora vivono, così che siano ritardate le malattie della vecchiaia, e se non si possono del tutto impedire, almeno vengano mitigate e sia utilmente prolungata la vita degli uomini oltre la durata che vediamo verificarsi di solito, sempre tuttavia al di qua del termine ultimo della natura. L'ultimo termine della natura è quello che dopo il pecato fu fissato ai primi uomini; altro invece è il termine di ciascuno, secondo la corruzione dei propri genitori. Oltre questi due non avviene mai che si viva, ma bene si può superare il termine che sarebbe imposto dalla corruzione propria. Non credo tuttavia che, alcuno, per quanto sapiente possa ai nostri tempi giungere fino al termine primo, sebbene vi sia la possibilità e l'attitudine della natura umana a quel termine che era proprio dei primi uomini. Ne è strano che questa attitudine tenda all'immortalità, come fu prima del peccato e sarà dopo la risurrezione. Ma se tu dici che nè Aristotele, nè Platone, nè Ippocrate, nè Galeno arrivarono a questo prolungamento della vita, ti rispondo che non arrivarono neppure a molte verità di poco conto, che poi furono conosciute da altri indagatori e perciò poterono ignorare queste grandissime, sebbene vi si affaticassero intorno. Ma troppo si dedicarono ad altri studi e furono condotti più rapidamente alla vecchiaia, consumando la vita in cose comunemente note e meno importanti di quello che sarebbe stato trovare la via di questi grandi segreti. Sappiamo infatti che Aristotele nel libro delle Categorie dice che la quadratura del cerchio è possibile, ma non ancora conosciuta. Egli confessa così di ignorarla e che tutti fino al tempo suo l'avevano ignorata. Ma noi sappiamo che oggi questa verità è conosciuta e perciò tanto maggiormente poteva Aristotele ignorare più profondi segreti della natura. Molte cose anche ora i sapienti ignorano che nel tempo futuro saranno note alla moltitudine degli studiosi. Onde questa obiezione è affatto vana.


Frate Roger Bacon in I Segreti dell'Arte e della Natura e Confutazione della Magia, Capitolo VII, Edizione di 1622.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

 
Paradise Now!



Começou ontem na Tate a apresentação de Paradise Now! Essential French Avant-garde Cinema, 1890-2008, com o visionamento de obras de Christian Boltanski, Alberto Cavalcanti, Marcel Duchamp, Jean Epstein, Gérard Fromanger, Philippe Garrel, Jean-Luc Godard, Dominique Gonzalez-Foerster, Maria Klonaris & Katerina Thomadaki, Ange Leccia, Maurice Lemaître, Rose Lowder, Louis Lumière, Étienne-Jules Marey, Chris Marker, Georges Méliès, László Moholy-Nagy, Pierre Molinier, Marylène Negro, Man Ray, Carole Roussopoulos, Jean-Marie Straub & Danièle Huillet, Ben Vautier, René Vautier, entre outros. Este ciclo de cinema vai coincidir, a partir do próximo dia 21 com a exposição Duchamp, Man Ray, Picabia que poderá ser vista até 28 de Maio. Ler mais aqui.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

 
TruthBeauty


Foto de Elias Goldensky, 1915

Inaugurou no passado dia 2 na Vancouver Art Gallery, a exposição TruthBeauty, Pictorialism and the Photograph as Art, 1845-1945. Trata-se de cerca de 150 fotografias de fotógrafos como Julia Margaret Cameron, Baron Adolph de Meyer, Alfred Stieglitz, Edward Steichen, Josef Sudek e Elias Goldensky que documentam o movimento pictoralista de finais do século XIX. Juntando peças de várias colecções importantes, nomeadamente a George Eastman House International Museum of Photography and Film, esta exposição pode ser vista em Vancouver até 27 de Abril. Ler mais aqui.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

 
Balada do mangue


Foto de Art Shay


Pobres flores gonocócicas
Que à noite despetalais
As vossas pétalas tóxicas!
Pobre de vós, pensas, murchas
Orquídeas do despudor
Não sois Lœlia tenebrosa
Nem sois Vanda tricolor:
Sois frágeis, desmilingüidas
Dálias cortadas ao pé
Corolas descoloridas
Enclausuradas sem fé,
Ah, jovens putas das tardes
O que vos aconteceu
Para assim envenenardes
O pólen que Deus vos deu?
No entanto crispais sorrisos
Em vossas jaulas acesas
Mostrando o rubro das presas
Falando coisas do amor
E às vezes cantais uivando
Como cadelas à lua
Que em vossa rua sem nome
Rola perdida no céu...
Mas que brilho mau de estrela
Em vossos olhos lilases
Percebo quando, falazes,
Fazeis rapazes entrar!
Sinto então nos vossos sexos
Formarem-se imediatos
Os venenos putrefatos
Com que os envenenar
Ó misericordiosas!
Glabras, glúteas caftinas
Embebidas em jasmim
Jogando cantos felizes
Em perspectivas sem fim
Cantais, maternais hienas
Canções de caftinizar
Gordas polacas serenas
Sempre prestes a chorar.
Como sofreis, que silêncio
Não deve gritar em vós
Esse imenso, atroz silêncio
Dos santos e dos heróis!
E o contraponto de vozes
Com que ampliais o mistério
Como é semelhante às luzes
Votivas de um cemitério
Esculpido de memórias!
Pobres, trágicas mulheres
Multidimensionais
Ponto morto de choferes
Passadiço de navais!
Louras mulatas francesas
Vestidas de carnaval:
Viveis a festa das flores
Pelo convés dessas ruas
Ancoradas no canal?
Para onde irão vossos cantos
Para onde irá vossa nau?
Por que vos deixais imóveis
Alérgicas sensitivas
Nos jardins desse hospital
Etílico e heliotrópico?
Por que não vos trucidais
Ó inimigas? ou bem
Não ateais fogo às vestes
E vos lançais como tochas
Contra esses homens de nada
Nessa terra de ninguém!


Oxford, 1939

Vinicius de Moraes in Poemas, sonetos e baladas, in Antologia Poética, in Poesia completa e prosa: "O encontro do cotidiano".


 
Antes de Tempo: 4 anos

Foi há 4 anos que este blog começou. Aos leitores, pela sua companhia e colaboração, o meu muito obrigado.

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