quinta-feira, 18 de setembro de 2008
A ler
Aparecido há pouco tempo nas livrarias, Compêndio para Uso dos Pássaros, Poesia Reunida 1937-2004 de Manoel de Barros, vem em muito boa hora colmatar a lacuna existente na publicação deste Autor em Portugal. Nascido em 1916, Manoel de Barros é um dos mais importantes poetas da chamada Terceira Geração do Modernismo Brasileiro. Esta Poesia Reunida 1937-2004, edição da Quasi, dá-nos uma visão mais proporcionada da importancia e extraordinária qualidade deste Autor. Por curiosidade, aqui fica uma outra edição da Quasi, de 2000, desse pequeno livro encantado O Encantador de Palavras (livrinho que se consegue do editor por apenas 5 euros).
Poesia, s.f.
Raíz de água larga no rosto da noite
Produto de uma pessoa inclinada a antro
Remanso que um riacho faz sob o caule da manhã
Espécie de réstia espantada que sai pelas frinchas de
um homem
Designa também a armação de objectos lúdicos com
emprego de palavras imagens cores sons etc.
geralmente feitos por crianças pessoas esquisitas
loucos e bêbados
Manoel de Barros in O Encantador de Palavras, 2000.
Poesia, s.f.
Raíz de água larga no rosto da noite
Produto de uma pessoa inclinada a antro
Remanso que um riacho faz sob o caule da manhã
Espécie de réstia espantada que sai pelas frinchas de
um homem
Designa também a armação de objectos lúdicos com
emprego de palavras imagens cores sons etc.
geralmente feitos por crianças pessoas esquisitas
loucos e bêbados
Manoel de Barros in O Encantador de Palavras, 2000.