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terça-feira, 28 de julho de 2009

 
Livros esquecidos (16)



1984 foi o ano do último grande restauro da Capela Sistina. O meio artístico italiano era, então, sacudido pelo debate em torno da metodologia adoptada para o restauro que, progressivamente, à medida que os trabalhos avançavam, revelava um inesperado Miguel Angelo, muito mais um assumido maneirista do que um homem delimitado no território do Alto Renascimento. Vários notáveis reclamavam, então, a revisão da História da Renascença provocando uma polémica académica que o decorrer dos anos viria a esfriar. Mas, nesse mesmo ano, o meio artístico italiano foi também abalado com a publicação deste livro, hoje esquecido. Mário Diacono escrevia, então, sobre a nova pintura italiana. Começado em 1976, publicado em 1984 — numa primeira edição reduzida a 1500 exemplares (de que este é o 1306) —, Verso una nuova Iconografia é um inteligente ensaio crítico sobre a obra da mais nova geração (na época) de artistas italianos que emergiam com propostas coerentes e articuladas. Partindo da análise das obras de Boetti, Paolini, Pistoletto, Ceroli, Ontani e outros, Mario Diacono aborda as propostas dos novos da época: Chia, Chucci, De Filippi, De Maria, Clemente e Paladino.



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