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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

 
Cores

A morte do Preto começava na terça-feira. Tinha de se preparar e tocar "jazz" num melodiar quase fúnebre. Atirar a alma por ali acima e chegar aos bens do céu para brincar com os anjos. Não se despistar nas suas visitas, precisava da certeza que morria. Para a frente, para a frente é que era, num ritmo de cântico mandioca.
Quarta-feira. Preto levantou-se cedo — embarcou no Veloz que estava do lado de lá do rio e dirigiu-se apressado à cidade. Foi ao banco levantar dinheiro para o seu Delegado, cumprimentou um cliente do cabaré e avançou de carapinha bem acamada para o chapéu do Grémio. Havia de ter um bom funeral, pois assim, com uma casaca vermelha de botões dourados a coisa era muito digna. Com indumentária de general de Grémio devia parecer mais branco que preto e viajar na catedral rolante, ouvindo carpideiras nas coxias, dava-lhe ares de enterro de primeira.


Ruben A.
in Cores, 1960.




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