<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6432744\x26blogName\x3dANTES+DE+TEMPO\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dSILVER\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://antesdetempo.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://antesdetempo.blogspot.com/\x26vt\x3d810648869186397672', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

 
Cores

A morte do Preto começava na terça-feira. Tinha de se preparar e tocar "jazz" num melodiar quase fúnebre. Atirar a alma por ali acima e chegar aos bens do céu para brincar com os anjos. Não se despistar nas suas visitas, precisava da certeza que morria. Para a frente, para a frente é que era, num ritmo de cântico mandioca.
Quarta-feira. Preto levantou-se cedo — embarcou no Veloz que estava do lado de lá do rio e dirigiu-se apressado à cidade. Foi ao banco levantar dinheiro para o seu Delegado, cumprimentou um cliente do cabaré e avançou de carapinha bem acamada para o chapéu do Grémio. Havia de ter um bom funeral, pois assim, com uma casaca vermelha de botões dourados a coisa era muito digna. Com indumentária de general de Grémio devia parecer mais branco que preto e viajar na catedral rolante, ouvindo carpideiras nas coxias, dava-lhe ares de enterro de primeira.


Ruben A.
in Cores, 1960.




<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?