sábado, 24 de outubro de 2009
Sabia que...
As sardinhas que chegam aos pratos dos portugueses saem dos mares sem deixar um rasto de destruição (notícia do Público de 22-11-09)
E mais...
As sardinhas nacionais vão ser certificadas, provando que a sua captura é feita de forma sustentável
E porquê...?
O segredo está na arte da pesca - o cerco. Porque esta ainda dá ao animal algumas hipóteses de dar à barbatana e escapar-se da armadilha.
Depois de verificar que assim era, e que os pescadores portugueses não estavam a capturar mais do que podiam, nem a matar espécies apanhadas na armadilha, o Marine Stewdarship Council deu já indicações que a pesca de sardinha em Portugal irá ser certificada como sustentável.
A ideia surgiu em finais de 2007, quando a Associação Nacional de Indústria Conserveira e a Anopcerco decidiram avançar com a candidatura. Tudo porque muitos dos consumidores das conservas nacionais - sobretudo na Europa - estão cada vez mais sensibilizados para a destruição que a pesca pode causar nos oceanos.
Por isso era importante provar que a pesca da sardinha não era depredadora. "A arte do cerco dá essa garantia", assegura Humberto Jorge. Quando detecta um cardume, a embarcação larga um outro barco mais pequeno que leva a ponta da rede, cercando o aglomerado de peixes. Depois, a rede começa a fechar-se, aprisionando os peixes no seu interior.
Porque que é que isto não é destrutivo? "Porque o cerco demora muito tempo, as sardinhas podem escapar-se pelo fundo e, além disso, basta uma corrente contrária ou a água espelhar a rede de forma a que os peixes a vejam para que a pesca falhe", responde Humberto Jorge. Ou seja, os animais têm hipótese, ao contrário do que acontece com outras arte, como o arrastão, que apanha tudo à sua passagem.
Concluímos, portanto, que, como as sardinhas têm hipótese de fuga — pelo fundo que não por cima porque teriam que estar treinadas no salto em altura e, também, porque vêem mal, só reparando na rede quando a vêem a dobrar, espelhada na água —, as que comemos são exclusivamente aquelas que se quiseram suicidar, aquelas que baixaram as barbatanas, aquelas que, por vontade, inépcia, desilusão ou pura estupidez, resolveram entregar a alma ao criador. Não nos iremos surpreender se, logo a seguir, vier outra certificação: a de que as sardinhas que comemos quiseram mesmo ser comidas e, portanto, poderão ser certificadas por revelarem um especial sentido de sacrifício, responsabilidade e abnegação.
Julga que enlouqueceu? Ainda não. Tome um comprimido, conte até dez ou tente lembrar-se dos nomes dos 7 anões e siga em frente.
Bon courage!
Concluímos, portanto, que, como as sardinhas têm hipótese de fuga — pelo fundo que não por cima porque teriam que estar treinadas no salto em altura e, também, porque vêem mal, só reparando na rede quando a vêem a dobrar, espelhada na água —, as que comemos são exclusivamente aquelas que se quiseram suicidar, aquelas que baixaram as barbatanas, aquelas que, por vontade, inépcia, desilusão ou pura estupidez, resolveram entregar a alma ao criador. Não nos iremos surpreender se, logo a seguir, vier outra certificação: a de que as sardinhas que comemos quiseram mesmo ser comidas e, portanto, poderão ser certificadas por revelarem um especial sentido de sacrifício, responsabilidade e abnegação.
Julga que enlouqueceu? Ainda não. Tome um comprimido, conte até dez ou tente lembrar-se dos nomes dos 7 anões e siga em frente.
Bon courage!